Vivemos em um tempo em que o “ter” parece definir o valor de uma pessoa: ter sucesso, ter dinheiro, ter seguidores, ter influência. Mas será que tudo isso nos preenche de verdade?

Antes do ter, existe algo mais essencial: o ser.

Ser é aquilo que nos acompanha quando tudo o que temos se vai.
É o caráter quando ninguém está olhando.
É a paz que fica mesmo sem aplausos.
É a integridade que sustenta, mesmo quando o mundo desmorona.

Quando nos esquecemos de ser, o que temos vira peso.
Mas quando cultivamos o ser — com verdade, com raízes profundas — o que temos vira ferramenta, não identidade.

Ser é olhar para dentro. É saber quem somos no silêncio, na espera, na escassez.
É escolher a bondade mesmo quando ninguém retribui.
É crescer em humildade, em paciência, em fé.

Quem primeiro aprende a ser, saberá como lidar com o ter — sem se perder, sem se vender, sem se esquecer.

Que a busca da nossa vida não seja apenas por coisas, mas por profundidade.
Por essência.
Por alma.
Por propósito.

Porque, no fim, o que somos ecoa muito além do que possuímos.